
Ministério Público do DF avança em investigação sobre manipulação de resultados
Segunda fase da ação cumpre mandados em São Paulo e no Distrito Federal
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O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta terça-feira (11) a segunda fase da Operação Fim de Jogo. A ação investiga um esquema de manipulação de resultados no Candangão 2024, envolvendo o clube Santa Maria e o ex-dirigente William Pereira Rogatto. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Distrito Federal e em três cidades de São Paulo, mirando suspeitos de envolvimento no esquema.
As investigações apontam que Rogatto recrutava jogadores para facilitar goleadas e garantir que os placares coincidissem com apostas esportivas. Em fevereiro, na primeira fase da operação, os defensores do Santa Maria, Alexandre Batista Damasceno e Nathan Henrique Gama da Silva, foram alvos de busca e apreensão. Dois jogos foram supostamente manipulados: Santa Maria 0 x 6 Ceilândia e Santa Maria 0 x 5 Gama, ambos em fevereiro. Rogatto, que já havia admitido fraudes em outros clubes na CPI do Senado, foi preso em Dubai em novembro e aguarda extradição.
Nesta nova fase, o foco das autoridades está na identificação de outros envolvidos e em possíveis crimes de lavagem de dinheiro. Entre os alvos estão Dayana Nunes Feitosa, presidente do Santa Maria, Amauri Pereira dos Santos, ex-gestor do clube, além de Selma Pereira Rogatto, mãe de William Rogatto, e Ana Paula de Oliveira, suspeita de ligação com o esquema. A operação teve o apoio do Gaeco de São Paulo e do Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar.
Com o avanço da Operação Fim de Jogo, o Ministério Público busca desmantelar a rede criminosa e reforçar o combate à manipulação de resultados no futebol brasileiro. A ação pretende garantir que os responsáveis sejam punidos e que o esporte preserve sua integridade, impedindo a influência de esquemas de manipulação em competições nacionais.
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