Flamengo alertou elenco sobre apostas 20 dias antes de indiciamento de Bruno Henrique
Clube promoveu palestra preventiva no Ninho do Urubu e criou código de conduta
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Vinte dias antes do indiciamento de Bruno Henrique pela Polícia Federal, o Flamengo já demonstrava preocupação com o impacto das apostas esportivas no futebol brasileiro. Em 27 de março, o clube organizou uma palestra no Ninho do Urubu com o objetivo de orientar os atletas e a comissão técnica sobre integridade esportiva, apostas, doping e questões disciplinares. Segundo o advogado e vice-presidente de administração Marcos Motta, a iniciativa fazia parte de uma política de “educação permanente”, visando prevenir problemas antes que eles ocorram.
A palestra contou com a participação de especialistas e membros da diretoria, como o vice-presidente geral e jurídico Flávio Willeman e o advogado Michel Assef Filho. Também foi elogiada por dirigentes do clube, como José Boto, que destacou a importância do conteúdo abordado e o impacto positivo da iniciativa sobre os atletas. O Flamengo ainda elaborou um código de conduta voltado ao tema, que será estendido às categorias de base e ao futebol feminino.
Apesar da ação preventiva do clube, a situação de Bruno Henrique ganhou novos contornos com seu indiciamento no dia 15 de abril. A PF o acusa de ter forçado um cartão amarelo na partida contra o Santos, em 2023, para beneficiar apostadores. O relatório de 84 páginas foi entregue à Justiça, e o Ministério Público do Distrito Federal estuda apresentar a denúncia formal até o fim de abril. Caso a acusação seja aceita, o atacante pode ser condenado a até seis anos de prisão.
Além de Bruno Henrique, o caso envolve familiares e amigos próximos. Foram também indiciados seu irmão Wander, a cunhada Ludmylla, a prima Poliana, e mais seis pessoas ligadas ao irmão do jogador. A investigação aponta que o grupo teria participado ativamente do esquema de apostas, o que reforça a complexidade do caso e aumenta o alerta para os riscos desse tipo de envolvimento no futebol.
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