Bancos estaduais apostam em loterias para competir com mercado de Bets

Três bancos estaduais – BRB (DF), Banestes (ES) e Banese (SE) – estão entrando no mercado de loterias para competir com a Caixa e aproveitar o crescimento das apostas Bets. Eles estão criando subsidiárias específicas para operar no setor, aproveitando sua capilaridade regional e a decisão do STF de 2020, que permitiu a exploração de loterias pelos estados. Banrisul (RS) e Banpará (PA), por outro lado, não têm planos semelhantes.

O BRB busca retomar sua entrada no setor após uma tentativa frustrada em 2023. Agora, o banco contratou o BTG Pactual para avaliar alternativas e estima arrecadar R$ 100 milhões por ano com loterias. As apostas serão restritas ao Distrito Federal, controladas por geolocalização, e o banco aposta na credibilidade e segurança de sua marca para atrair clientes.

No Espírito Santo, o Banestes avança na estruturação da sua operação com apoio da Genial para selecionar um parceiro. A distribuição será feita por meio da rede BanesFácil, com 400 pontos físicos e canais digitais. O banco também cogita incluir videoloterias e vê uma oportunidade de regularizar apostas antes clandestinas.

O Banese, em Sergipe, optou por um consórcio com Culloden/TSA, tornando-se minoritário na nova subsidiária. A unidade foi criada recentemente e pretende lançar produtos ainda neste semestre. O banco estima que o mercado lotérico de Sergipe movimentava R$ 120 milhões em 2019 e tem a meta de alcançar 50% do mercado local em cinco anos.

O mercado de loterias no Brasil é promissor, com a Caixa arrecadando R$ 25,6 bilhões em 2023. A entrada dos bancos estaduais pode fortalecer a concorrência e trazer novas opções regulamentadas para os apostadores, impulsionando as receitas dessas instituições e consolidando um setor em expansão.

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