
Virgínia Fonseca depõe na CPI das Bets e defende legalidade de suas publicidades
Influenciadora com mais de 50 milhões de seguidores entrega contratos e afirma seguir regras
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A influenciadora Virgínia Fonseca prestou depoimento à CPI das Bets, que investiga irregularidades no setor de jogos de azar online e o uso de influenciadores para promovê-los. Com mais de 53 milhões de seguidores, Virgínia é considerada peça-chave para entender as estratégias publicitárias dessas empresas. Ela se comprometeu a entregar os contratos com as plataformas Esportes da Sorte e Blaze, negou irregularidades e desmentiu uma reportagem da revista Piauí sobre sua atuação.
Durante a audiência, Virgínia defendeu que cumpre as exigências legais e do Conar em suas publicações, incluindo avisos sobre proibição para menores, riscos de vício e necessidade de responsabilidade. No entanto, a relatora Soraya Thronicke afirmou que não encontrou com facilidade esses alertas nas postagens da influenciadora. Virgínia argumentou que vídeos antigos foram feitos antes das normas atuais e que segue as atualizações exigidas pelas empresas e órgãos reguladores.
Um ponto abordado pela CPI foi a possível manipulação de algoritmos nas contas usadas para divulgação, levantando suspeitas sobre favorecimentos em vídeos promocionais. Virgínia negou o uso de contas diferenciadas e afirmou que joga nas mesmas plataformas disponíveis ao público. A senadora Soraya reafirmou que essa prática será investigada, e garantiu que o relatório final da CPI não será ineficaz nem encerrado sem providências.
O depoimento dividiu opiniões entre os senadores. Enquanto alguns, como Jorge Kajuru, defenderam Virgínia e criticaram sua convocação, outros, como Eduardo Girão e Carlos Portinho, destacaram os impactos sociais negativos das apostas e defenderam restrições mais rígidas à publicidade. Virgínia declarou que está aberta à reflexão sobre seu papel nesse mercado, mas ponderou que mudanças devem partir do Legislativo e que ela está vinculada a contratos em vigor.
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