França propõe proibição total de publicidade de apostas

A Autoridade Nacional dos Jogos (ANJ), órgão regulador francês, propôs uma série de medidas legislativas mais rígidas para o setor de jogos, incluindo a proibição total da publicidade de apostas. As propostas, ainda sem cronograma definido, incluem também a limitação de perdas para jogadores de 18 a 25 anos e uma campanha nacional de conscientização durante a Copa do Mundo FIFA de 2026. O objetivo é reforçar o jogo responsável e reduzir os impactos sociais do jogo excessivo.

Outra frente importante das medidas propostas é o controle sobre o patrocínio esportivo. A ANJ já havia exigido, no início de 2024, que as principais operadoras reduzissem seus investimentos em marketing. O órgão argumenta que o patrocínio sem controle contribui para a banalização do jogo. Apesar de a Ligue 1 ter poucos clubes patrocinados por operadoras de apostas, casos como o da Winamax, que apoia o Le Havre, e a Betclic, patrocinadora da seleção francesa de rúgbi, ainda são observados com atenção.

A ANJ também quer reforçar a proteção aos jogadores por meio de ferramentas tecnológicas. Está em desenvolvimento um algoritmo para identificar jogadores problemáticos, com previsão de implementação até 2026. O órgão já realiza monitoramento anual e pretende intensificar a detecção de comportamentos de risco, com possíveis sanções aplicadas aos operadores que negligenciem esses controles.

Por fim, o relatório da conferência destacou a necessidade de uma mudança cultural em relação aos jogos, buscando reposicionar o setor como uma forma de entretenimento e não como meio de enriquecimento fácil. A presidente da ANJ, Isabelle Falque-Pierrotin, afirmou que a sustentabilidade do mercado depende da redução da dependência de jogadores de alto risco. A ANJ também segue em diálogo com o governo francês sobre a possível legalização do iGaming no país.

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